quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A arte no meio do mundo

Favela Morro da Providência - Rio de Janeiro/ 2008

Esse trabalho é uma novidade: nascido em 1984, na França, o fotógrafo e grafiteiro J.R. - também visto como artista de rua, título que ele abomina - é conhecido por ter suas fotografias gigantes fixadas em construções. Já expôs seus trabalhos em Paris, Londres, Amsterdã, Berlim, Los Angeles, Nova York e Xangai. No Brasil, ficou conhecido pela sua arte no Rio de Janeiro, no Morro da Providência, que lhe rendeu o prêmio da Fundação TED (Technology, Entertainment, Design) e 100 mil dólares de recompensa. Nesse tipo de projeto, J.R. (ele não revela o nome) tem a intenção de retratar os personagens que vivem nas áreas de conflito destacadas pela mídia e desconstruir o estereótipo criado para eles. Ele já realizou diversos projetos, que incluem fotografias de outros fotógrafos renomados.

- JR é um "verdadeiro humanista", cujas "criações surpreendentes levaram pessoas a ver a arte onde não se esperava", declarou o diretor do prêmio Amy Novogratz. (via portal G1)

Trabalho bonito e diferente:

Favela Morro da Providência - Rio de Janeiro/ 2008


Los Angeles - Estanos Unidos


Montfermeil - França/ 2004


Montfermeil - França/ 2004


Veja o trabalho completo de J.R. aqui
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Campanha da AT&T: "Hands"


Cada dia eu fico mais encantada com a publicidade. Alguns anúncios que eu acho durante o meu "tour" pela internet representam o que há de melhor nos profissionais dessa área: muita imaginação. Essas peças da AT&T, companhia americana líder em serviços de telecomunicação, são um exemplo do uso de arte e inovação. A campanha, criada pela agência BBDO, usou figuras icônicas feitas com pintura nas mãos - trabalho do artista Guido Daniele - para representar cada país, mostrando ao público a influência que a empresa tem nos mais de 200 países em que atua. Ela consegue, assim, chamar atenção apenas com mãos e um celular, por meio da arte e criatividade. O resultado ficou tão bom que foi eleito a melhor campanha pelos americanos em 2009. Publicitários, inspirem-se!







Veja a campanha completa;
o vídeo do making off você também acha aqui!

domingo, 24 de outubro de 2010

Militarismo: ontem e hoje.

Já me falaram várias vezes que a moda pode ser vista como uma espécie de ciclo. Um estilo que é tendência hoje pode voltar aos holofotes 60 anos depois. Foi o que aconteceu com o militarismo, que esteve sempre ligado à moda e tornou-se [novamente] o centro das atenções. Durante a II Guerra Mundial os civis começaram a usar uniformes militares para demonstrar o sentimento de patriotismo. Depois disso, o look verde oliva adentrou no mundo cultural e passou a representar a opinião das pessoas em relação ao movimento militar, numa forma de apoio ou protesto. Dessa forma, esse estilo esteve ligado às guerras - na Guerra do Vietnã, por exemplo, era usado para aderir ao pacifismo - e sofreu diversas modificações. Foi amplamente divulgado pelo cinema e teve a jaqueta militar como ícone fashion.

Esse ano, a moda militar veio com tudo. Roupas nas cores e tons verde, marrom e preto, acessórios de tachas, bottons, cintos com fivelas de metal e sapatos pesados. Foi usada em publicações de revistas famosas (entre elas a VOGUE) e fonte de inspiração para os estilistas mais renomados. Clique aqui para ver dicas e fotos.

Ontem:
[fotos daqui]




Hoje:
[fotos daqui e daqui]

sábado, 23 de outubro de 2010

Vídeo Publicitário - Evian

Publicidade é diferente! Não é a toa que esse vídeo publicitário, produzido para a marca de água mineral francesa Evian, fez o maior sucesso. Mas como não faria? Foi usada uma tecnologia altamente avançada atrelada à figura de bebês, "atores" que atraem todo tipo de público. Dá uma olhada

Link do making off AQUI!



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Projeto 1010

10/10/2010 resumido em 100 fotos de 10 fotógrafos em diferentes lugares do mundo. Esse é o projeto 1010, idealizado pela publicitária, blogueira e escritora Victoria Hannan. Foram 10 fotos de cada participante feitas na Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Holanda, África do Sul, Reino Unido, Portugal e Japão. Elas podem não ser as melhores e mais lindas fotografias, mas nos mostram que coisas simples e pequenos detalhes podem ser apreciados. Duas observações: [1]Senti falta das praias brasileiras. [2] Me deu uma vontade de viajar fotografando mundo afora...

Escolhi uma de cada álbum, as que, de alguma forma, me chamaram atenção:

Jacinta Moore - de Melbourne, Australia.

Ebony Bizys - de Tóquio, Japão.

Michelle Gow - de Stellenbosch, Africa do Sul

Pia Jane Bijkerk - de Amsterdã, Holanda

Hilda Grahnat, de Malmo, Suécia - foto em Berlim, Alemanha

Anabela Carneiro, de Toronto, Canadá - foto em Algarve, Portugal

Brian W. Ferry - de Londres, Reino Unido

Kris Atomic - de Brighton, Reino Unido

Victoria Hannan - de Londres, Reino Unido

Kate Miss - de Nova Iorque, Estados Unidos



Confira os ensaios completos no site do projeto: http://1010project.com/

sábado, 16 de outubro de 2010

A imaginação de Terry Fan

Em homenagem ao Dia da Criança, nada melhor que desenhos infantis...
Sabe quando você tem a impressão que certas coisas não estão no seu devido lugar? O escritor e ilustrador Terry Fan definitivamente não tem essa idéia. Nascido em Toronto, no Canadá, e graduado pela Ontario College of Art and Design, prefere fazer ilustrações voltadas para o público infantil, não é a toa que possui uma imaginação além do comum. Seu estilo é descrito por ele mesmo como um "realismo-mágico", uma atração pelo surreal. Os desenhos desenvolvidos pelo artista são uma mistura de mistério e maravilha: baleias e barcos que voam, elefantes que andam de balão, pássaros gigantes e tênis que viram aquário. Ah, meus sonhos de criança...







Para ver o site do ilustador, com mais informações e desenhos, clique aqui.

domingo, 10 de outubro de 2010

A história de um João Ninguém

Foto: Rafael Barbosa
{imagem editada no Photoshop}

Matéria escrita pelo aluno do 4 período de Jornalismo da UFRN, Rafael Barbosa. Confesso que ainda não li todos os textos produzidos (você os encontra nesse link!), mas esse eu achei bem interessante. Vamos pensar em quantos "Joãos Niguém" perambulam por aí...

A história de um João Ninguém
Jovem que veio do interior sobrevive de restos pelas ruas da Cidade Alta
Por Rafael Barbosa

Eles voam em cima da lixeira como se fossem urubus. São famintos, sedentos e agressivos. Comem com voracidade. Não contam muita conversa, vivem sós e entre si. São revoltados e amargurados, mas é de se entender: têm as ruas e canteiros como moradia, são segregados, excluídos. E naquele momento estavam todos ali, embaixo do toldo do Café São Luiz, na avenida Afonso Pena, Cidade Alta.

Um deles chama atenção pelo semblante triste e olhar perdido. Parece ainda não estar acostumado com tanta miséria. Seu nome é João Alexandre Fernandes, 23 anos.

Ele mora na rua, desde que, há mais de um ano, saiu de casa, no município de São Fernando, interior do estado, porque não se dava bem com a mãe. João conta que morava com ela e que viviam com um dinheiro doado por seu avô.
[...]

Com a auto-estima baixa, humilhado e sem qualquer perspectiva de vida, entrou em depressão. Cansado de viver em uma casa que não lhe pertencia, com um dinheiro que não era seu, resolveu se virar pelo mundo afora. Atravessou os 299 quilômetros que separam sua cidadezinha, no Seridó, da capital, para fugir da vida que não agüentava mais. Hoje mora na rua.

João tem vergonha de dizer que mora na rua, vergonha de pedir dinheiro, “mas é melhor do que roubar, doutor”. Sua cama é de papelão e sacos plásticos, sua casa é todo o Centro. Perambula pelas vias do bairro e tem medo dos mesmos que o temem. “Assim que cheguei aqui eu ouvia história de gente que fazia maldade com mendigo e não conseguia dormir direito”.


Pede dinheiro para comer. Pede comida. “A gente fica esperando passar a hora do almoço pra pegar os restos nos restaurantes”.
[...]

“Vez ou outra eu fumo maconha sim, não vou mentir”. O morador de rua João Alexandre tem a droga como única diversão. Passa o dia pedindo dinheiro para garantir a comida e tenta se virar pelos lixeiros das lanchonetes, se alimentando das sobras descartadas. De lata em lata torce para encontrar um resto de comida. Está magro, definhando.
[...]

Já foi filho, tio, irmão. Já foi João Alexandre Fernandes, mas hoje é João ninguém. Seu maior sonho é comprar uma casa, constituir família e deixar as ruas. Mas como fazer isso se nem as pessoas que passam por ele na rua o notam? “Às vezes o povo passa pela gente e finge que nem vê”.

Para ver essa matéria completa acesse a página da Fotec, aqui.

Veja também a matéria escrita por mim: Casa de Passagem ajuda a mudar destino de crianças: equipe oferece educação e lazer a 32 meninos e meninas que passaram por situação de risco social.
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